Flávia
Faz um bom tempo que não escrevo neste blog. E não é por falta de novidades das doçuras dietéticas que estão invadindo o mercado. Mas, sim, por pura falta de tempo, mesmo! Claro que isso não é mais desculpa, em um mundo tão corrido que levamos hoje.

Mas hoje não teve jeito. Tenho que contar uma situação que aconteceu hoje e que preciso compartilhar com vocês. Estava eu, em mais um dia de trabalho cansativo, voltando pra casa. Pra piorar, estou mega gripada e a sensação de moleza e fraqueza aumentam ao cubo.

Como sempre, antes de sair do trabalho, eu checo a quantas anda minha glicemia. Afinal, preciso saber como ela reagirá em uma hora do caminho até minha casa. Saí tranquila, com uma glicemia até que alta: 150mg/dl, consequencia, inclusive, de um hipoglicemia que tive no meio da tarde.
Por conta dessa crise de falta de açúcar, acabei consumindo minhas balas que carrego para emergências, mas como a glicemia estava até que alta, não me preocupei em repor meu estoque antes de chegar em casa. Peguei o ônibus e..qual foi minha surpresa quando, no meio do caminho, comecei a sentir os sintomas da hipoglicemia! E, para o meu desespero, lembrei que estava sem nenhum doce comigo.

Fiquei por dez minutos pensando se eu desceria em algum ponto que tivesse gente vendendo balas. Como conheço todo o trajeto até minha casa, sei quais são os pontos exatos que têm camelôs fixos. De repente, para minha surpresa maior, a senhora sentada ao meu lado me oferece uma bala de goma, de um tubo que ela havia acabado de abrir. E me disse: "pega minha filha, esse trânsito nos dá um fome".. e eu aceitei - toda sem graça - uma bala da senhora. E pensei comigo mesma: só pode ser Deus mesmo para colocar esse anjo ao meu lado. E a senhora me ofereceu a segunda bala de goma, dizendo que era para eu pegar, que a bala era doce demais para ela comer sozinha. Acabei aceitando mais uma bala, afinal, já estava calculando que os 15g de carboidratos das duas balas seriam o suficiente para resolver uma possível hipoglicemia. O efeito do açúcar começou em instantes. Os sintomas foram calmamente sumindo e eu, voltando ao normal.

Começamos a conversar e em questão de 20minutos, aquela senhora me passou uma lição de vida. Disse-me que havia passado por grave problema de saúde por conta do stress e que, por isso, passou a ver a vida de forma diferente. Não se estressava mais, não corria mais contra o tempo. Dizia que agora só queria mesmo era viver em paz, com tranquilidade. E por essa conversa e aprendizados que aprendi em uma rápida conversa de ônibus é que estou aqui. Escrevendo e compartilhando a situação vivida hoje, afinal, não é sempre que temos um "anjo" nos visitando e também tentando nos mostrar que não estamos sós.
1 Response
  1. Anônimo Says:

    Oi Fávia!
    Adorei o post!
    Eu tive uma lição um pouco diferente. Que não devemos ser egoístas. Devemos oferecer aos outros tudo que podemos, pois nunca sabemos o que as pessoas precisam, e nós nunca estamos no lugar errado, não é?
    E não é a primeira vez que ouço relatos assim, igual ao seu...

    beijos!


Postar um comentário